Bow

Bow, em inglês, laço. O laço que une as mulheres em direção á um objetivo: Jesus. O laço que nos une ao Senhor. Hadassa ou Ester, porque assim como a rainha Ester, nós também estamos nos preparando para conhecer pessoalmente o Rei Jesus.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A vida não é descartável!

Hoje quero compartilhar duas histórias que me fazem refletir e muito! São reais e com as quais convivi de perto. Vou mudar os nomes das personagens, ok?

Há uns 10 anos atrás, recebemos uma nova bebê em minha igreja. Não fizemos o chá de bebê, não sabemos como foi a gestação, não tivemos a expectativa de saber como era a carinha da neném...

*Fernanda foi achada no lixo, ainda recém-nascida, por uma irmã de nossa igreja, a *Cibele. Não sabemos porquê a pessoa que a jogou fez o que fez e nem quem era.


*Cibele era casada e não podia ter filhos. Mas Deus já havia preparado uma princesinha para ela: a própria *Fernanda, que foi adotada, não somente por ela, mas pela nossa igreja.

Na época, ficamos indignados com o acontecimento: onde já se viu, jogar um bebê no lixo? Dizíamos. Mas tudo correu bem, graças a Deus.

Aos poucos, *Fernanda foi crescendo. Há uns dias atrás foi o "culto da criança", e junto com os presbíteros, algumas se sentaram ao púlpito para ajudarem na liturgia. E lá estava ela, sorridente, linda como sempre.

Num determinado momento, minha mãe me disse: Quem poderia imaginar que ela estaria lá na frente hoje? Uma menina que foi jogada no lixo!

Pensei comigo mesma: É, Deus não joga a vida de ninguém no lixo.
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Em outubro de 2008, eu fazia estágio na assessoria de imprensa da secretaria de saúde da prefeitura de minha cidade. Toda vez que a imprensa queria entrevistar ou fazer uma matéria em alguma unidade pública de saúde, alguém da assessoria tinha que acompanhar.

Era dia 12, domingo, um pouco antes da meia-noite. Um homem (um anjo mandando por Deus) caminhava numa praça do centro da cidade quando ouviu um choro de criança. Ele procurou e encontrou o bebê, ainda com o cordão umbilical, enrolado num pano.

Imediatamente chamou a polícia, que o levou ao hospital público da cidade.

No dia seguinte, a minha chefe não iria trabalhar, era só eu (e Deus) na assessoria. Assim que cheguei, uma produtora de um jornal local, me telefonou perguntando sobre o estado de saúde do bebê que havia sido abandonado.

Como não sabia da história, liguei para a diretoria do hospital que me confirmou. Pronto! Choveu de jornalista querendo saber da história. Lógico que eles queriam ir até o hospital e conversar com os médicos, então, como eu estava "sem chefe", fui acompanhar.

O estado de saúde do bebê era grave, eu sabia, mas nem isso me impediu de tomar um "choque" ao ver o menininho na UTI Neonatal. Assim que entrei com o repórter, que ia conversar com a pediatra, me senti tão pequena, tão impotente de ver aquela cena!

A criança estava sozinha, na UTI, cheia de fios espalhados pelo corpo. E a pediatra responsável nos disse que ele estava com sérios problemas no coração e em outros órgãos, provavelmente causado por alguma infecção, já que o cordão umbilical não foi retirado como deveria.

Ninguém naquela sala conseguiu ficar "normal" diante da situação. Era muito forte! Não conseguia acreditar como alguém teve coragem de fazer aquilo com uma criança tão pequena, indefesa...

Enquanto o jornalista fazia seu trabalho, eu olhei para as outras incubadoras e percebi que todas tinham alguém do lado (provavelmente a mãe), segurando nas mãozinhas, fazendo carinho...E quando vi que não tinha ninguém com aquele menininho, meu coração trincou!

Cheguei em casa chorando. Eu não conseguia imaginar aquele bebê sem ninguém. Pensei até em largar a faculdade e o estágio durante um tempo, só para poder ficar ao lado dele, segurar em suas mãozinhas e dizer: "eu estou aqui".

Mas eu não podia. E isso me entristeceu demais! Então, todos os dias, o dia todo eu orava e pedia pra Jesus não sair nem um minuto do lado do bebê. Também pedia pro Senhor segurar nas mãozinhas dele, pra que pudesse sentir a presença de um Pai, um amigo.

Eu comecei a me sentir "mãe" daquela criança. Me preocupava com ele como se fosse mesmo a mãe. Todos os dias, sem falta, ligava para os pediatras para saber a situação dele.

E a cada melhora, cada fio retirado de seu corpinho, cada órgão que voltava a funcionar normalmente, meu coração ficava mais leve.

Foi 1 mês de muita oração! 4 dias antes de completar este primeiro mês, um casal que não tinha filhos conseguiu a guarda da criança. Exatamente no dia 12 de novembro, ele teve alta do hospital! Estava forte e renovado, como se tivesse acabado de nascer.

Então, ele foi morar com sua nova família. Algum tempo depois, a mãe biológica da criança foi encontrada e chamada para responder na justiça.

Nunca mais ouvi falar dele. Mas jamais vou me esquecer de como Deus agiu em sua vida.

Deus não permitiu que a vida daquele menino fosse jogada no lixo! O Senhor providenciou tudo pra ele! Porque Deus não joga a vida de ninguém no lixo!

Não sei como está a sua vida... Mas eu sei de uma coisa: Deus não vai desistir de você! Sua vida não será jogada no lixo. Sua vida não é descartável!

Essas duas crianças, quando foram jogadas na rua ou no lixo, não tinham condições nenhuma de se salvar, sozinhas. Eram totalmente indefesas! Mas Deus, em sua infinita força e graça, cuidou de um modo sobrenatural de suas vidas.

Assim como essas crianças, você se sente indefesa, incapaz de mudar alguma situação? Então, solte-se nos braços do Pai! Abra mão de querer resolver sozinha e deixe o Senhor fazer o melhor por você.
" Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora" João 6.37

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